terça-feira, 2 de outubro de 2012

Sobre cócegas, chutes e risadas

Lá pela décima oitava semana comecei a sentir você mexendo. Confesso que, no início, era muito difícil distinguir você dos gases abdominais (que se tornaram MUITO abundantes desde a sua existência), mas com um pouco de concentração, pá, eu percebia os claros movimentos dona-maricotísticos. Com o tempo, eles foram se tornando ainda mais óbvios, até que começaram a me fazer cócegas. Sim, todos os últimos dias da minha vida estiveram recheados de risadas, às vezes não por pura alegria, mas por remelexos intra-uterinos que irremediavelmente fazem eu me contorcer. É, isso é divertido! Até o tal, quando põe a mão na minha pança, te sente e ainda vê minha reação aos seus chutes e socos, também acaba soltando um sorriso gostoso!

É assim que está começando nossa relação ativa. Cutucadas de amor à lá facebook! Até admito que te cutuco de volta só pra você me cutucar de novo!
E são essas bobices que me trazem de volta. É quando você se mostra viva que eu lembro de estar junto com você. Tenho até a impressão que faz isso de propósito, sabe?!, dançando com mais afinco quando a minha dor está mais forte ou quando eu quero desistir.
Então canto e rebolo pra você, torcendo pra que sinta a felicidade, tantas vezes apagada num furacão de emoções, que me abraça nessas horas. Eu aposto que funciona! Aposto que você sabe o quanto me faz bem! Aposto que sente as risadas que me proporciona a cada espasmo muscular!

Então mexa, dance e viva e me lembre que eu posso ser alegre! Chute, soque e soluce... E meu amor só vai crescendo como você! =]

Com amor.